Manoel
do Socorro P. Sousa
Diante dos muitos questionamentos em torno do termo justiça
social, um de extrema importância diz respeito a questão tributária. É possível
fazer justiça social na área tributária? Para o professor Miguel Reale justiça é um valor franciscano cuja função é bem
servir a todos e a cada um. Assim, sua ligação com a questão tributária é a
tributação e o gasto da administração. Conclui-se que tributar e gastar de forma ética é fazê-lo na
forma da justiça tributária objetivando a isonomia social.
Diante desta breve explanação, pode-se observar que o sistema
tributário nacional está longe de promover a justiça social, distanciando-se do
seu principal objetivo, a justiça social. Os problemas, ´´ou mecanismos``, são
muitos como exemplo pode-se mencionar o grande ´´equívoco`` de maior
concentração dos tributos sobre o consumo e não sobre o patrimônio.
As propostas para solucionar
o problema são várias, vejamos algumas delas. Correção da tabela do IRPF. O imposto de renda pessoa física é o que gera
mais desigualdade pois possui alíquota progressiva até certo limite da renda,
atingindo a maioria dos trabalhadores e, após este limite passa a ter alíquota
proporcionais, fixas, sem limites de
renda; A tributação dos lucros e
dividendos recebidos por empresários e acionistas de empresas, isentos do
imposto desde 1995, seria outro medida cabível para solucionar o problema; A cobrança
de mais impostos sobre herança e
doações; Cobrar IPVA sobre embarcações e
aeronaves; Tributar as remessas de lucro para o exterior, taxação dos
investimentos estrangeiros e a punição do sonegadores dentre outros seriam o
melhor caminho para se atingir a verdadeira justiça fiscal e social em nosso
país.
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